03 maio, 2012

Sophia ama encontros inesperados

Nervosismo. Acho que essa é uma das palavras que podem definir o que estou sentindo. As outras são tensão, medo, ansiedade e, acho que, um pouco de curiosidade também. Ou melhor, muita curiosidade. Estou incrivelmente curiosa pra saber quem são as pessoas com as quais vou conviver na maioria do meu tempo daqui pra frente. E uma porrada de perguntas (por enquanto, sem respostas) vagueiam em minha mente: como serão estas pessoas? Que tipo de coisa elas curtem? Será que vai demorar pra eu me entrosar? Será que vou me entrosar?
pensando, pensando, pensando...
Passei o domingo inteiro pensando nisso. Meu pai precisava entregar um projeto pra um cliente hoje de manhã e ficou a tarde inteira no escritório. Antes disso, almoçamos junto. Macarronada. Depois, dormi um pouco. Bem pouco, pra falar a verdade. Meus pensamentos não me deixavam relaxar muito. 

Me levantei, fui pra frente da TV. Não sei muito bem se a programação era muito ruim ou se era eu que não estava com cabeça pra nada. Cheguei a conclusão de que as duas alternativas valiam pontos. O melhor a fazer era procurar um outro lugar. Ver gente, quem sabe?
iPod e caminhada combina tanto *-*
Coloquei os fones de ouvido (estava ouvindo uma banda de indie pop chamada Marina and The Diamonds), esperei pelo elevador, desci, e resolvi sair pela vizinhança. Só conhecia o quarteirão do prédio e dessa vez queria ir mais além. Tentei. Mas teve uma coisa que não me fez ir muito além dali. Fui atropelada. Sei lá. Ao menos dão esse nome quando acontece com carros. Mas, acho (quase certeza) que com bicicleta é o mesmo nome. Uma bicicleta azul-calcinha.

A garota que me atropelou vestia um moletom lilás, uma calça jeans e um allstar preto e tinha os cabelos pretos com pontas vermelhas. Ela chegou perto de mim e perguntou se eu estava bem. Respondi que estava, foi somente um susto. Ela me perguntou de que estado eu era e perguntou por que eu vinha visitar Porto Alegre. Então, meio que contei a minha história: nasci aqui, fui pra Minas bem pequena, bla bla bla... Achamos melhor ocuparmos uma mesa numa casa de frozen yorgut do que ficarmos ali paradas na calçada.
frozen :)
Fomos para lá, tomamos um frozen (delicioso, por sinal) e como se fossemos melhores amigas, eu e Isa (o nome dela é Isadora, mas já estava íntima a esse ponto) conversamos sobre tudo: amigos, família, roupas, música, filmes, sapatos... até que o assunto chegou, então, ao tópico "escola".

Ela me perguntou aonde eu iria estudar."No DNA", respondi. "Sério? Também estudo lá... Qual série você vai fazer?", ela disse. E quando eu respondi que estava no 2º ano, ela (e eu) ficou super feliz. Ela também. Mesma escola, mesma série, e deve ser bem provável que fiquemos na mesma turma. Foi aí que vi que a vida é assim, cheia desses encontros inesperados.

Beijos, 
Sophia